sábado, 22 de junho de 2013

Como tudo começou

Eu só descobri que regimes engordavam depois de seguir cento e uma dietas.

Tudo começou aos quinze anos. Depois de uma infância e começo de adolescência num corpo magro e até desajeitado  para meus ossos pesados, quadris e ombros largos, característicos de uma pessoa mais alta que a média, comecei a engordar. E não parei mais.
Não foi do nada.
Meus pais trabalhavam muito. Às tardes e noites ficávamos apenas eu e meu irmão, sem nenhum adulto ou limite além de nossas pueris consciências, e muito tempo livre pra fazer o que quiséssemos, inclusive, comer.
Por alguns anos, aqueles excessos não foram tão danosos. Demorou para que meu corpo começasse a reagir. Mas, finalmente, no "melhor da idade da mulher", comecei a ganhar peso. 
Eu estava no final do ensino fundamental, indo para o ensino médio. Estudava desde a segunda série na mesma escola e, de repente, com o colegial, teria que mudar de "casa". E com ela, de amigos, de professores e de "personagem".
Eu que era a CDF das turmas do meu colégio, fui parar num em que a grande maioria dos alunos da minha classe eram também os CDFs das turmas de seus antigos colégios. Eu havia perdido meu papel e minha importância naquela classe de primeiro colegial selecionada por nível, - depois de uma avaliação inicial em todos os alunos.
E os hábitos que havia cultivado em casa já estavam bem enraizados e faziam parte do processo de reversão da solidão e rejeição da vida adulta, que se aproximava mais a cada dia.
A gota d'água foi esta mudança. Na nova escola havia pipoqueiro e fogazzas, duas cantinas e dois horários de intervalo. E muita solidão, apesar do grande número de alunos.
Eu me sentia excluída e despida da minha essência. 
O jeito era estudar bastante, pra compensar as dificuldades. Mas eu não era madura o suficiente pra tomar a melhor decisão. Então, já que comer era mais fácil e imediato, continuei a cair de boca naquelas delícias logo ao alcance, já que as palavras pra começar um papo ou mesmo uma paquera, escapavam a todo minuto.


domingo, 30 de dezembro de 2012

Olá!

Pra começar:
um novo ano...

Nada melhor pra se iniciar nova empreitada, encarar novos desafios.
Neste blog não vou falar de comida, nem de dieta: não! ... Mas do desafio constante de ser mulher e manter-se em forma, desafio este que eu e minhas amigas (e inimigas) têm enfrentado desde sempre - com raras exceções.
Vou falar das descobertas pós-regime, pós-anos-de-regime, sendo que a principal delas é: regimes engordam. Você já deve ter ouvido falar disso e, como eu, deve ter-se negado a acreditar, mas nunca é tarde e este é o primeiro passo  para o verdadeiro recomeço: livre-se dos regimes, dietas, restrições absurdas, pactos com o diabo, promessas e rosários e o que mais rumar destino a prescrições exatas e aritméticas. Magras não fazem regime. Observe...
Magras também comem tudo o que têm vontade e, especialmente, apenas o que têm vontade. Magras também não comem além da conta, é lógico. Afinal, magras sentem fome e se saciam, não comem pra sair do tédio, não comem porque não têm um namorado, não comem pra preencher vazio existencial, psíquico ou emocional.
Magras não são magras à toa, não se engane.
Não me atrevo aqui a dar fórmulas e soluções inquestionáveis, mas a dividir minhas tentativas e sucessos, esmiuçar meus insucessos e revelar pequenos aprendizados de quem jamais se conformou com a 'tendência a engordar' pra permitir dispararem os ponteiros da balança, sem esbravejar.
Se isso te interessa, vem comigo... Acaba 2012 entra 2013 e nenhum momento é melhor do que este pra tentar desvendar o que é que aquela magra tem de bom, e copiar.
Sejam bem-vindos.